Você é linda!

Nunca deixe ninguém apontar seus defeitos com maldade, fazer alguma crítica que a machuque de algum modo. Ninguém parou parar pensar por que você carrega aquela cicatriz indecifrável ou outros tipos de marcas que tornam seu olhar mais introspectivo. Ninguém nunca parou para pensar por que você vomita tudo o que come, na tentativa de se sentir melhor. Ninguém também nunca parou para pensar por que sua expressão é tão exaustiva, por que você não vê mais graça em nada. Ninguém também nunca parou para pensar por que será que você age e pensa diferente dos outros. Por que será que você prefere ler um livro numa sexta-feira a noite a ir para a balada? Por que será que você toma tantos remédios?Por que será que você é tão diferente daquelas pessoas que insistem em achar que você é diferente e a crucificam por isso? Não dê a mais insignificante relevância para esses comentários. Ninguém sentiu suas dores, ninguém chorou suas lágrimas. Ninguém sabe pelo que passou, ou o que pensou, e muito menos quando pensou em desistir. Ninguém sabe. Apenas viva do jeito que você achar melhor. Leve suas marcas como prova de que você é uma heroína, uma sobrevivente de alguns acontecimentos na sua vida. Quando alguém lhe perguntar por que você é do jeito que é, encare com o olhar imperioso, a cabeça erguida e o queixo empinado. Pode demonstrar superioridade mesmo. Afinal, você é superior por aguentar tantos julgamentos prévios de quem não sabe nem um décimo da sua história. Para quem simplesmente pensa diferente dos demais, responda: Não sou obrigada a pensar como você, nem fazer as coisas que você faz. Pronto, é simples. Por fim, olhe-se no espelho, veja como tem qualidades. Defeitos, todo mundo tem, é um fato. Mas nada impede que você admire a pessoa que a olha de volta no espelho. Ame seu cabelo, seu corpo, seus olhos, sua boca e seu nariz. Ame seu jeito, seu sorriso, e o modo como abraça alguém. E diga para si mesma: Eu sou linda.

Limites

Hoje estive pensando nos limites. Sim, nos limites no sentido mais subjetivo da palavra. O limite da dor, da paciência, da força, da concentração. Tudo tem limite. Mas cabe a nós saber se ele está perto ou não de ser atingido.
Quando atingimos o limite de alguma coisa, quer dizer que estamos na iminência de fazer algo que não está sob nosso controle. Ofensas, agressões físicas, gestos impensáveis nos fogem quando ultrapassamos alguns dos nossos limites.
Mas há algumas situações em que os limites se expandem e nós nem percebemos. Quando estamos esperando alguém que está atrasado meia hora, e achamos que nossa paciência está no limite, mas resolvemos esperar mais alguns minutinhos é um bom exemplo disso. Ou quando estamos com uma enchaqueca horrível, mas somos obrigados a aguentar a dor até que o remédio faça efeito quando pensávamos que ela já estava no limite e não poderíamos mais aguentar.
Testar os limites é importante. Faz-nos perceber nossa verdadeira capacidade de lidar com esse turbilhão de sentimentos e sensações que temos constantemente. Às vezes, quando pensamos que estamos no limite, ainda nem chegamos perto dele. E por acharmos que ele estava mais próximo que distante, fazemos coisas que não deveríamos ter feito, pois poderíamos aguentar um pouco mais.
Sabe aquela frase do John Green "Alguns infinitos são maiores que outros"? Na nossa cabeça, nosso infinito é de um determinado tamanho, mas na verdade ele é maior do que imaginamos. Somos capazes de sorrir mais, fazer mais conquistas, até de viver mais. Tudo depende do nosso jeito de encarar o nosso infinito. Se realmente acharmos que ele é demasiado pequeno para as coisas que pretendemos fazer, ele se adequa ao nosso pensamento e diminui. É por isso que temos que pensar grande, para que nosso infinito seja muito maior.
A mesma coisa acontece com os limites. Saber quando eles, de fato, estão próximos é a melhor coisa, para o nosso bem e daqueles com quem convivemos. Conhecer os limites, dominá-los e testá-los para depois descobrir que somos muito mais fortes do que imaginávamos é uma das melhores sensações do mundo.

Resenha: A Última Carta de Amor, Jojo Moyes

Todas as vezes que leio algum livro da Jojo Moyes, eu me sinto a pessoa mais leiga do mundo. Ela encaixa as palavras de um jeito que até volto para ler a mesma frase umas cinco vezes só para gravar e tentar escrever igual. Mas é impossível. Ela nos toca de um jeito indescritível com seus livros e narra de um jeito tão profundo e detalhista, que você realmente se sente na pele do personagem! 


Bem, vamos à resenha. Ellie é uma jornalista bem sucedida, porém com a vida amorosa um pouco frustrada por estar envolvida com um homem que já é comprometido. Durante umas pesquisas para basear seu artigo sobre alguma coisa dos anos 50 ou 60, acaba encontrando uma carta de amor. 

Aí há um corte, e a autora nos leva para 1960, quando uma mulher chamada Jeniffer acabou de sofrer um acidente de carro e não lembra exatamente nada da sua vida. Quando ela está organizando suas coisas tentando se lembrar de algo, ela descobre uma série de cartas que a levam a crer que tinha um caso extraconjugal antes do acidente. E tudo que ela mais quer saber no momento é quem era seu amante, por que ela traía o marido e o mais importante: O que ele teve a ver com aquele acidente. 

Jojo Moyes narra os fatos de uma forma diferente: Ela mescla o presente e o passado. No início, eu não estava entendendo o livro e até pensei em abandonar a leitura. Mas quando descobri que um capítulo narrava os acontecimentos antes do acidente, e outro capítulo narrava depois, tudo fez sentido, e eu simplesmente não consegui largar a leitura. O livro é cheio de surpresas, e a autora tem a incrível habilidade de fazer você pensar que já tinha desvendado o mistério, só para você ficar surpresa depois, quando descobrisse toda a verdade. Eu amei e indico a todos!

Resenha - Uma História de Amor e TOC






Bea foi recentemente diagnosticada com Transtorno Obsessivo Compulsivo. Mas não é aquele TOC de lavar as mãos muitas vezes, ter problemas com sequências e organização, limpeza e etc. Ela tem compulsão por cuidar da vida alheia, perseguir algumas pessoas que conhece e até mesmo anotar todas as conversas que escuta envolvendo essas pessoas. 
Ela faz terapia com a Dra. Pat, e antes do seu horário, o casal Austin e Sylvia fazem terapia de casal. Bea sempre chega mais cedo ao consultório e fica escutando tudo do outro lado da parede e anotando letra por letra da sessão do casal. Assustador, não?

Bea vai à uma festa da escola, e no evento, a energia elétrica acaba faltando. E aí, ela escuta uma "agitação" de alguém que tem pânico do escuro. Ela segue os sons e senta-se ao lado de um menino e tenta acalmá-lo de alguma maneira. Conversa vai, conversa vem, e os dois acabam se beijando. Mal ela sabia que Beck, o rapaz que ela bejou na festa sem nem ver o rosto, também sofre do mesmo transtorno que ela.

A Dra. Pat sugere à Bea uma terapia em grupo. E adivinha quem está lá? Exatamente. O lindo e charmoso Beck.
Ele tem o TOC de lavar as mãos muitas e muitas vezes, e é impressionado com o número oito. Seus banhos só podem durar oito ou oitenta e oito minutos. Literalmente, quando não é oito, é oitenta!
Além da mania de perseguição, Bea tem muito medo de atropelar alguém. Ela sempre dirige numa velocidade muito menor da permitida e sempre volta aos mesmos lugares por onde passou para se certificar de que não matou ninguém. Ela também tem muito medo de facas e outros objetos pontiagudos. Sem falar que belisca a coxa toda vez em que está ansiosa.

Desenrola-se então um romance entre essas duas pessoas tão problemáticas, mas com um coração enorme. Cada um tem seus traumas e suas justificativas para serem assim.
Confesso que demorei um pouquinho para ler esse livro. Não porque a leitura não tenha me prendido, mas porque a autora trata muito mais de Transtorno Obsessivo Compulsivo do que uma história de amor... E como eu adoro um bom romance, achei que o livro poderia explorar um pouquinho mais essa parte. Mas no geral, a escrita é ótima e as descrições são bem minuciosas, o que passa todas as sensações do personagem para o leitor. 

Sei que foi uma resenha bem curtinha, mas, como falei, o livro trata muito mais do problema em si (problema esse que afeta várias pessoas no mundo), do que o enredo da história. Como a narrativa é em primeira pessoa, você acaba ficando bem próximo da personagem, e dá para entender como uma pessoa que tem esse problema se sente. Percebi que estou mais impressionada com sequências depois de lê-lo.

Então é isso, pessoal, espero que tenham gostado da resenha! Um beijo, Hévila Chaves :)

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